quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Resenha: The Storied Life of A. J. Fikry, Gabrielle Zevin


"No man is an island; every book is a world."

The Storied Life of A. J. Fikry conta a história do dono da livraria Island Books, em Alice Island. Fikry é um homem de trinta e nove anos, que havia abraçado este negócio com a sua mulher, Nic, vivendo agora, após a sua morte, sozinho por cima da sua loja. Agora este livreiro sente-se só, com o seu negócio, que piora a cada dia, e com a sua personalidade fria e rabugenta cada vez mais acentuada.

Fikry é um homem extremamente complicado para os representantes das editoras, visto que tem um gosto literário bastante específico e não pretende vender na sua loja livros que não lhe interessem, independentemente de isso significar que irá vender menos. É assim que conhece Amelia, uma dessas representantes de uma editora, que acaba por não ser tratada de uma maneira muito simpática por Fikry. 

Cansado da sua vida, Fikry planeia abandonar a livraria, reformar-se e vender o seu tesouro, um raro livro de Edgar Allan Poe, Tamerlane. No entanto, certo dia esse livro é misteriosamente roubado e, com esse desaparecimento, surgem grandes mudanças na vida deste livreiro. 

Um dia, ao regressar à livraria, vê que lhe foi deixado um bebé, com um bilhete escrito pela mãe, que afirmava não ter condições para cuidar da filha, Maya, e que considerava Fikry perfeito para tratar bem desta, até porque assim a sua filha cresceria rodeada de livros. Incapaz de abandonar de novo aquela criança, o livreiro acaba por ficar com ela, adoptando-a e tornando-se inseparáveis. É delicioso ver que, não só Fikry salvou Maya, mas que também esta o salvou da vida decadente que estava a viver. 

Gradualmente a relação com Amelia vai melhorando bastante, deixando de ser unicamente profissional. Além desta, é também nos dada a conhecer a história de Ismay, cunhada de Fikry, bem como a de algumas personagens, como o polícia Lambiase, que nos mostram a importância de Fikry e da sua livraria para a propagação da cultura em Alice Island.

É um livro com algumas plot twists que tornam a história interessante e cativante até ao fim. Diria que é especialmente dirigido para quem gosta de ler, porque nos relembra as razões de gostarmos tanto de livros, não só pelas personagens ou pela história, mas também pelas imensas referências. Não achei que fosse um livro excelente, mas é uma leitura bastante leve e enternecedora.


"Remember, Maya: the things we respond to at twenty are not necessarily the same things we will respond to at forty and vice versa. This is true in books and also in life."

"She knows that her mother is dead. And she knows that dead is when you go to sleep and you do not wake up. She feels very sorry for her mother because people who don't wake up can't go downstairs to the bookstore in the morning."

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