terça-feira, 25 de agosto de 2015

Quem Escreve #3: Sylvia Plath


"Let me live, love, and say it well in good sentences."

Autor: Sylvia Plath
Data de nascimento: 27 de Outubro de 1932
Data de morte: 11 de Fevereiro de 1963
Nacionalidade: Norte-americana

Sylvia Plath nasce em Boston, Massachusetts, no ano de 1932, o mesmo ano em que os seus pais se casaram. A sua mãe, Aurelia Schober, é estudante na Universidade de Boston, onde conhece um professor, Otto Plath, pelo qual se apaixona e com o qual se casa e vem a ter esta filha. 
Em 1940, com oito anos de idade, Sylvia perde o seu pai, devido às complicações de uma amputação realizada por causa de diabetes. O seu estilo parental autoritário, bem como a sua morte drástica, encontram-se representados num dos poemas mais reconhecidos de Sylvia Plath, "Daddy".
Durante a sua adolescência, Sylvia foi publicando alguns dos seus poemas em pequenas revistas e jornais. 
Em 1950, Sylvia entra na faculdade Smith College, demonstrando ser uma aluna brilhante. No Verão após o seu terceiro ano, é convidada a trabalhar como editora convidada na revista "Mademoiselle", sendo que para tal iria passar um mês a viver em Nova Iorque. Este acontecimento, bem como as várias tentativas de suicídio, são alguns aspectos que podem ser comparados com aquilo por que passou Esther, personagem principal do único romance de Sylvia Plath, The Bell Jar
Depois de uma fase de internamento num hospital psiquiátrico, Plath consegue terminar o seu curso, com distinção, em 1955. De seguida, muda-se para Cambridge, onde obteve uma bolsa "fullbright". É lá que, no ano seguinte, conhece o poeta britânico, Ted Hughes, com quem se casa, ainda nesse mesmo ano. Deste casal, surgem dois filhos, um em 1960 e outro em 1962. Contudo, em 1962, Ted Hughes deixa-a para ficar com Assia Gutmann Wevill. É nesse Inverno que, Sylvia Plath, envolvida numa profunda depressão, escreve grande parte dos poemas que integram o livro "Ariel". 

A 11 de Fevereiro de 1963, após isolar os seus filhos no quarto, Sylvia toma uma grande dose de comprimidos, liga o gás e coloca a cabeça no forno, suicidando-se assim aos 30 anos de idade. 
A grande maioria das suas obras foi publicada já depois da sua morte, algumas delas orientadas por Ted Hughes, o que faz pensar em até que ponto ele não terá retirado alguns poemas que não lhe convinham aparecer. Ainda assim, Sylvia Plath foi a primeira poetisa a vencer o Prémio Pullitzer já depois de morrer, em 1982, com a obra The Collected Poems.

Influências: Num entrevista, Sylvia Plath menciona alguns escritores que ou a influenciaram ou dos quais ela terá gostado bastante. Entre eles, estão: Dylan Thomas, W. B. Yeats, W. H. Auden, William Blake e William Shakespeare.

Alguns livros publicados:
Prosa:


Poesia:



"I can never read all the books I want; I can never be all the people I want and live all the lives I want. I can never train myself in all the skills I want. And why do I want? I want to live and feel all the shades, tones and variations of mental and physical experience possible in my life. And I am horribly limited."

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Resenha: O Leitor, Bernhard Schilnk


"Durante muito tempo pensei que era uma história muito triste. Não que agora pense que seja alegre. Mas penso que é verdadeira; por isso, a questão de saber se é triste ou alegre não tem nenhuma importância."

No outro dia decidi passar pela biblioteca, porque queria ler um livro um pouco mais curto, de modo a "descansar" um bocadinho entre dois clássicos, e não me apetecia ler nada do que tinha em casa. Acabei por encontrar O Leitor, do alemão Bernhard Schlink. Este livro nunca me tinha despertado assim muita curiosidade, até ter visto pessoas a falar bastante bem dele, então decidi dar-lhe uma vista de olhos.

Resumidamente, nele é-nos apresentada a história de um rapaz chamado Michael Berg, de 15 anos que se cruza com uma mulher de 36, Hanna, pela qual se apaixona. Os dois começam a encontrar-se frequentemente, tentando conjugar o tempo que ambos têm livre para desenvolverem a sua relação. Em cada encontro há como que um ritual, no qual eles começam por tomar um banho, ele lê-lhe um livro e só depois têm relações sexuais. Daí o nome do livro, pois Michael torna-se no seu leitor.

A relação vai continuando, ainda que não seja assumida perante os outros, por medo que a diferença de idades cause alguns problemas na sua aceitação. Até que um dia, Hanna desaparece completamente e Michael só a volta a encontrar sete anos mais tarde, quando, sendo estudante de Direito, é convidado a assistir ao julgamento de criminosos associados à 2ª Guerra Mundial. É neste julgamento que ficamos a conhecer muito melhor esta mulher que, até aqui, sempre se manteve bastante misteriosa. Percebemos, de facto, até que ponto alguém iria para proteger um segredo, tal como é sugerido na capa desta edição. 

Quanto ao que eu achei do livro... Inicialmente, fiquei um pouco hesitante, porque a relação entre estes dois personagens pareceu-me demasiado repentina, o que me impediu de a levar a sério durante bastante tempo. No entanto, com o decorrer da história, comecei a interessar-me mais, especialmente quando começamos a conhecer verdadeiramente a Hanna e a perceber o segredo que ela tão veemente esconde e que a leva a comportar-se de tal forma. O autor, sendo ele um juiz, aproveita também para levantar alguns debates sobre a justiça e a culpa, o que acabou por ser interessante.

Concluindo, considero que, apesar de este não se ter tornado num dos meus livros preferidos, foi uma boa e rápida leitura. Agora esta na altura de ir ver o filme, para saber como ficou! Talvez também venha cá dar a minha opinião sobre ele.

"Por isso, acabei por deixar de falar desse passado. Porque se a verdade daquilo que dizemos é aquilo que fazemos, então bem podemos deixar de falar."

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Resenha: Seriously... I'm Kidding, Ellen DeGeneres


I personally like being unique. I like being my own person with my own style and my own opinion and my own toothbrush. I think it's so much better to stand out in some way and to set yourself apart from the masses. It would be so boring to look out into the world and see hundreds of people who look and think exactly like me. If I wanted that, I could just sit in front of a mirror and admire my own reflection all day.”

Penso que toda a gente (ou a maioria) sabe quem é a Ellen DeGeneres, uma apresentadora norte-americana. Adoro o programa dela e sempre que vejo que este está a passar na TV, independentemente do que tenha para fazer, não consigo ignorar e desligar a televisão. Isto, porque o seu talkshow me deixa mesmo bem disposta e acabo sempre por rir e dançar com ela.

Como a acompanho mais ou menos há algum tempo, já sabia que ela tinha lançado alguns livros, mas nunca tinha pensado em lê-los, até há bem pouco tempo. Optei por "lê-lo" via audiobook, o qual é narrado pela própria autora e (desculpa Ellen) se encontra completo no YouTube.

Nunca tinha "lido" um livro desta forma, porque sempre preferi ler o livro de forma escrita e, de preferência, em papel. No entanto, talvez por ser mesmo a Ellen a narrá-lo, gostei desta nova experiência. O audiobook foi gravado de forma a que pareça mesmo que a autora está a falar connosco, o que torna a sua "leitura" bem mais interessante e engraçada.

Quanto ao livro em si, é impossível resumir a história, porque esta não existe. Isto, visto que este é um livro onde a Ellen depositou os seus pensamentos sobre alguns temas e algumas coisas que lhe aconteceram. No entanto, acabei por apontar algumas passagens do livro, que achei interessantes, por alguma razão, e vou deixá-las aqui. Lidas pela Ellen, com a sua entoação e tudo mais, tornam-se bem mais engraçadas, por isso aconselho-vos a ouvir o audiobook.


A sua opinião sobre espelhos ampliados:
"They show you things that you did'nt know were there, that no one can possibly see. (...) I don't know why we ever need to look into those. They're not accurate. They point out every single one of our flaws. We don't need that. That's why we have mothers. The fact of the matter is that everyone has flaws. No one is perfect, except for Penélope Cruz. Our flaws are what make us human. If we can accept them as part of who we are, they really don't even have to be an issue."


"And the bottom line is we are who we are - we look a certain way, we talk a certain way, we walk a certain way. I strut because I'm a supermodel, and sometimes I gallop for fun. When we learn to accept that, other people learn to accept us. So be who you really are. Embrace who you are. Literally. Hug yourself. Accept who you are. Unless you're a serial killer."


Sobre a quantidade enorme de cremes que a sua esposa, a Portia, tem em casa:
"She has every kind of lotion there is - and there's a lot. There's lotion for your face, lotion for your hands, lotion for your feet, lotion for your body. Why? What would happen if you put hand lotion on your feet? Would your feet get confused and start clapping?"

A certa altura, ela comenta também sobre o facto de já não precisarmos tanto de escrever em papel para nos expressarmos, por causa das tecnologias e redes sociais, que nos permitem fazê-lo de outra forma. Relacionado com isso, fala também sobre como as pessoas têm tanto entretenimento ao seu dispor, que já não lêem tantos livros. Além disso, opta também por salientar a importância de acreditarmos em nós mesmos, nomeadamente as mulheres, que muitas vezes põe os seus sonhos de lado, por acharem que não serão capazes de os realizar.

Concluindo, não achei que tivesse sido um livro excelente, mas foi uma boa experiência e, de certa forma, uma boa "conversa" com a Ellen.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

TOP 5 Wednesday-às-Terças #1

Às vezes apetece-me escrever alguma coisa aqui no blog, mas ou não tenho um livro para comentar ou quero variar um bocadinho, publicando outro tipo de conteúdo. Para tal, acabo por responder a algumas TAG's, mas como não tenho assim tantos livros, vai-se tornando um bocadinho repetitivo e sem graça. Assim sendo, optei por espreitar este grupo "TOP 5 Wednesday" do Goodreads, cujo objectivo acho que é mesmo esse, o de nos dar alguns tópicos, relacionados com livros, para que possamos falar sobre eles.
Há um tópico para cada semana do mês e o objectivo é responder, nomeando cinco livros/personagens/... O tópico que eu escolhi não é deste mês, mas assim que o vi, pensei logo em vários livros, então decidi começar com ele.

8 de Abril - Livros que já gostarias de ter começado ontem.


1. Harry Potter, J. K. Rowling. Pois, eu ainda não acabei de ler estes livros. Sim, eu cresci com Harry Potter, mas com os filmes e não com os livros. Só muitos anos depois é que ouvi falar dos livros, mas assim que soube da sua existência, fiquei logo cheia de vontade de os ler. Tenho tentado levar essa missão a cabo, mas outros livros, cujas histórias eu desconheço, têm vindo a ultrapassá-la. Até hoje só tenho os quatro primeiros livros e agora há novas edições, que são absolutamente lindas, mas que são diferentes da minha... Assim, quando comprar o quinto livro já vai ser numa edição diferente... Mas pronto, eu não me importo assim tanto, o que interessa mesmo é que esta série de livros já era mesmo para ter sido lida ontem!


2. Senhor dos Anéis, J. R. R. Tolkien. Quanto a esta trilogia, pelo menos tenho os livros todos comigo! Durante muitas anos não li, nem vi nada de Senhor dos Anéis pura e simplesmente por causa de uma série de vídeos do YouTube chamada "Bichas do Demónio", que utiliza as imagens dos filmes e substitui os sons originais por diálogos engraçados em português. Ainda só li o primeiro livro e, por isso, ainda só vi o primeiro filme, mas durante o mesmo estava constantemente a imitar algumas das falas dessa série e a rir-me sozinha de coisas sem qualquer piada. Mas pronto, estou agora a ler o segundo livro e depois passarei para o terceiro, de modo a terminar uma das histórias mais épicas de sempre.



3. Cidades de Papel, John Green. Li "A Culpa é das Estrelas" no Verão passado, mas na altura não fiquei cheia de curiosidade para ler mais obras do autor, só que entretanto comecei a ouvir falar bastante bem do "Cidades de Papel", nomeadamente por parte de uma ou duas pessoas em cujo gosto confio bastante, que falaram do livro como sendo uma leitura leve e bem divertida. É Verão, por isso uma leitura leve e divertida vem mesmo a calhar e além disso, penso que o adaptação deste livro para o cinema já saiu ou está prestes a sair, o que me dá ainda mais vontade de o ler, para depois poder comparar com o filme. Bem, pode ser que aconteça entretanto...



4. Mrs. Dalloway, Virginia Woolf. Já não tenho mais desculpas, até porque já tenho o livro e na edição que queria. Quero mesmo muito ler tudo de Virginia Woolf. Já ouvi falar tão bem dela, por parte de pessoas confiáveis, que tenho quase a certeza de que vou gostar! Ainda vai acontecer este Verão!



5. Série Hannibal, Thomas Harris. Nunca li nada deste género, por isso não sei se irei gostar ou não, mas, honestamente, creio que sim. Já há muito tempo que tenho curiosidade relativamente a esta história e a este personagem, Hannibal Lecter, a qual só tem vindo a aumentar a partir do momento em que comecei a assistir à série televisiva. Optei por ver a série, mas ainda não vi os filmes, isto porque sempre que tenciono verdadeiramente ler os livros, procuro fazê-lo primeiro e só depois ver os filmes. Gosto de todas as surpresas que podem estar escondidas nos livros e não quero estragar isso ao ver os filmes primeiro. Ainda não tenho os livros, mas um dia destes isto há-de acontecer e eu vou lê-los!