quinta-feira, 30 de setembro de 2021

The Great Alone, Kristin Hannah


Entrei para este livro com a expectativa de ser entretida. Já tinha visto várias pessoas falarem sobre ele como contando uma história dramática, com temas como a violência doméstica e o stress pós-traumático, tornando-o num livro que não se consegue parar de ler. Era isto que eu queria e foi isto que ele me deu, embora não possa dizer que adorei o livro. Ainda assim, recomendo-o e sei de várias pessoas que iriam adorar lê-lo.

Nesta história conhecemos a família da Cora, do Ernt e da filha Lenora. Cora vem de uma família de classe alta, que nunca aceitou bem a sua relação com Ernt, muito menos a gravidez na adolescência. Ernt acaba de regressar da Guerra do Vietnam e traz com ele o trauma de toda a experiência, bem como a desilusão, a raiva e uma série de lutos para fazer. Um desses lutos é o de um amigo militar, que faleceu durante a guerra e lhe deixou um terreno no Alaska. Ernt vê aqui a sua oportunidade de se afastar da sociedade com a qual está desiludido e muda-se para lá, juntamente com a família. A esperança de todos é a de que as coisas melhorem, a violência acabe e Ernt consiga ultrapassar a situação traumática por que passou e que tem despertado nele o seu lado mais negro e violento. A partir daí, assistimos ao desenrolar da história, à sua adaptação a um ambiente tão inóspito e conhecemos outras personagens. 

Há sempre alguma coisa a acontecer até ao final do livro, o que nos prende, e por isso recomendo-o a quem estiver com vontade de ler uma história intensa, com temas bastante pesados. Comigo o livro começou por funcionar muito bem, mas ao longo da história algumas coisas começaram a incomodar-me e fui perdendo o gosto, nomeadamente alguns comportamentos da Cora e da Lenora. Então aquele final... Ainda assim, acredito que seja um livro capaz de agradar a muita gente. E daria um excelente filme!