terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Opinião: Twilight & 50 Shades of Grey

A minha opinião sobre isto já é conhecida por algumas pessoas, de conversas entre amigos, mas hoje decidi vir aqui escrevê-la. Ainda por cima, vem aí o primeiro filme de uma destas séries, então é mesmo a melhor altura.

Eu fui uma das pessoas que leu e devorou a saga Twilight. Há uns oito anos, lá andava eu com aqueles livros atrás de mim, a passar horas agarrada a eles, completamente envolvida naquela história e naqueles personagens que me cativaram. Continuo hoje a dizer que o que a Stephenie Meyer ali escreveu não é para ser tido como uma obra-prima, mas sim como entretenimento. Infelizmente só cresci com os filmes do Harry Potter e não com os livros, por isso foi esta saga a primeira a motivar-me para ler. O próprio tamanho dos livros, que foi aumentando gradualmente, ajudou a que eu deixasse de olhar para livros grandes com algum medo e preguiça. Lembro-me perfeitamente do quanto eu chateava a minha professora de Português na altura sobre o quão fantásticos eram estes livros e o quanto eu gostava deles. Assim que acabava um, pedia por favor à minha mãe que fosse comigo comprar o seguinte. Lembro-me que acordava ao fim de semana e ia a correr pegar no livro para o continuar a ler.

Como já disse, esta saga, como muitas outras do género, não é para ser vista como uma obra-prima ou um clássico da literatura, mas sim como aquilo que é, com a importância que tem; uma série de livros que nos vai entreter, ajudar a passar o tempo e incentivar a ler mais. Obviamente que, tal como acontece com todos os livros, estes não vão agradar a toda a gente. Nem toda a gente vai gostar de os ler, mas outros vão gostar e alguns deles não o vão admitir, tornando-os numa espécie de "guilty pleasure". Isto, porque cada vez que um livro ou cantor ou o que quer que seja, se torna bastante conhecido e especialmente adorado pelo público adolescente, surgem também as pessoas que não gostam e que fazem questão de gozar com quem gosta, muitas das vezes (para não dizer, a maioria) sem conhecerem a obra. 

Apesar de nunca ter lido, nem ter vontade de ler, a trilogia de E. L. James, As Cinquenta Sombras de Grey, tenho muita curiosidade e de certeza que vou acabar por ver o filme. Além disso, sei que esta série tem outras semelhanças com a saga de Stephenie Meyer, além de ter sido originalmente uma fanfiction desta última. Também as Cinquenta Sombras de Grey se tornaram num fenómeno adorado e devorado por muitas pessoas e também estas são olhadas de lado por gostarem desta série de livros. Na saga Twilight era porque lá os vampiros brilham à luz do sol; nas 50 Shades of Grey é porque são livros eróticos.

Para mim, são livros. Não são nenhumas obras-primas e os seus autores não são nenhuns deuses da literatura. Existem tantos milhões de pessoas no mundo, bem como tantos milhões de livros para essas pessoas. É óbvio (e ainda bem!) que não vamos gostar todos das mesmas coisas, nem dos mesmos livros, mas isso não implica que façamos com que alguém se sinta mal por gostar de uma coisa diferente da nossa. O que importa é que leiam e que o façam por prazer!


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Resenhas: Pela Estrada Fora, Jack Kerouac & A Menina Que Nunca Chorava, Torey Hayden

Depois de meses sem escrever, voltei. Não sei por quanto tempo, mas a ideia quando criei este blog era fazer algo sem compromisso, algo descontraído.

Uma das razões para este tempo todo sem dar sinais de vida por aqui foi o livro de Jack Kerouac, Pela Estrada Fora. Sempre ouvi falar muito bem dele e queria saber mais sobre a geração beat, então as minhas expectativas em relação a ele quando o comecei a ler eram demasiado elevadas, penso eu. 
Tentei escrever uma resenha "normal" sobre ele, mas decidi que não o vou fazer, porque vou ter que o ler uma segunda vez. Apesar de não parecer muito longo, demorei imenso tempo a lê-lo, principalmente a primeira parte. Assim, decidi que vou deixar passar algum tempo e depois vou dar-lhe uma segunda oportunidade para decidir se afinal é tão bom quanto dizem ou se não é o género de coisas que gosto de ler. Como demorei provavelmente um mês para o ler, já me esqueci de muitas coisas, o que vai ser bom para quando o quiser reler.

Depois disto, optei por ler um livro mais "leve", até porque estava a entrar na época de exames da faculdade. Assim escolhi ler um livro da Torey Hayden, que já estava na minha estante há mesmo muitos anos, A Menina Que Nunca Chorava. Na altura comprei-o por ser uma continuação de outro livro ("A Criança Que Não Queria Falar"). Li o primeiro, mas, não sei porquê, não li a continuação, mesmo tendo devorado e adorado o primeiro.

Estes dois livros foram escritos pela autora com o intuito de contar a história verídica de uma criança que passou pela sua sala de ensino especial. Na altura com seis anos de idade, Sheila foi parar às mãos de Torey porque havia raptado um menino da sua idade, para depois o atar a uma árvore e a incendiar.
Depois de um ano com Sheila, a autora e a criança acabam por se separar. Neste segundo livro, Torey explica o que se passou depois dessa separação, contando o seu reencontro com Sheila, já com treze anos.

Foi um livro que devorei, tal como tinha acontecido com o primeiro. A história da Sheila prende-nos e faz-nos querer saber sempre mais, compreender melhor as razões que a levam a comportar-se daquela maneira. É uma história que fica connosco. (Uma prova disso é que quando o acabei de ler estava a estudar para um exame sobre Psicologia do Desenvolvimento e, enquanto estudava, estava sempre a usar a Sheila como exemplo para compreender melhor a matéria!)
Enfim, não me vou alongar mais. Leiam!

Quanto ao Jack Kerouac, um dia vou voltar a tentar e quanto à Torey Hayden, tenciono ler mais algum livro dela. Apesar de já me terem dito que estes são "mais do mesmo", é um tema que me interessa.