quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Filme: Chronicle (2012)


No início Chronicle, conhecemos o Andrew, um jovem adolescente, que vive num ambiente familiar bastante problemático, tendo uma mãe muito doente e um pai abusivo, que lhe está constantemente a bater por tudo e por nada. A partir de aqui, vamos continuar a acompanhar o dia-a-dia deste rapaz através dos vídeos que grava com a sua nova máquina, que carrega para todo lado, o que lhe vale alguns olhares e comentários menos agradáveis.
A certa altura, quando se encontrava no exterior de uma festa, um outro rapaz da sua escola vem ao seu encontro e pede-lhe para ir filmar algo que o seu primo, Matt, terá descoberto no meio da floresta. Quando lá chegam, encontram-se os três ao redor de um buraco no chão, de onde conseguem ouvir um som estranho, mas não conseguem perceber o que é. Isto, até que um deles decide entrar pelo buraco, seguindo-se dos outros dois. Lá em baixo, encontram um objecto estranho, no qual irão tocar, por curiosidade, acto que mudará as suas vidas. Isto, porque este objecto irá conceder-lhes poderes paranormais, nomeadamente a telecinesia, que consiste na capacidade de movimentar ou manipular objectos com a mente.
Depois desta descoberta, os três rapazes passam muito tempo juntos a tentar explorar cada vez mais esta sua nova capacidade, passando momentos bem engraçados e chegando até a conseguir voar, o que nos leva a ver paisagens fantásticas.
Contudo, a vida em casa de Andrew continua a piorar e sentimentos negativos começam a acumular-se dentro de si, o que leva a que ele comece a usar os seus poderes para fins menos benéficos. A certa altura parece até que estamos a assistir ao nascimento de um vilão de uma história de super-heróis, sendo este um daqueles que não conseguimos, de todo, odiar, porque compreendemos as suas razões e estamos o tempo todo a torcer para que as coisas corram bem para ele.
É claro que não vou contar, mas adorei o final deste filme, assim como o resto, claro! Acho que foi uma história interessante e bem contada, que consegue manter a audiência atenta o tempo inteiro. Além disso, os personagens tinham bastante profundidade e conseguimos empatizar  com eles, nomeadamente com o Andrew.
Outro aspecto que também me pareceu interessante, foi o facto de nós só assistirmos àquilo que o Andrew ia filmando com a sua câmara, excepto umas cenas que vemos através de câmaras de vigilância.