terça-feira, 8 de setembro de 2015

Resenha: I've Got Your Number, Sophie Kinsella


Depois de ter lido dois clássicos, decidi "mudar de ares" durante um bocadinho e ler um livro mais simples e rápido de ler. Há quem já conheça a Sophie Kinsella, por ser a autora dos famosos livros (e filmes) Louca por Compras, mas eu nunca lhe tinha prestado muito atenção. No entanto, como ouvi falar bem deste livro e que seria uma leitura rápida e divertida, optei por lhe dar uma oportunidade.

I've Got Your Number é um livro que já tem tradução em português e que conta a história de Poppy Wyatt, uma rapariga fisioterapeuta, que está noiva de um rapaz que conheceu há pouco mais de um mês, o inteligente e charmoso, Magnus Tavish. No início da história, encontramos a Poppy em pânico, porque perdera o seu anel de noivado e, ainda por cima, este era uma herança de família e valia imenso dinheiro. Depois de ter impedido que a equipa de limpeza começasse a limpar o salão do hotel onde se dera a festa onde tudo aconteceu, e depois de ter procurado em todos os recantos e implorado a toda a gente que procurasse também, Poppy faz uma pausa e decide tentar falar com uma das suas melhores amigas. Para isso, sai do hotel, de modo a obter mais rede e é aí que um homem passa e lhe rouba o telemóvel. Agora como é que alguém a ia avisar, caso o anel fosse encontrado? Ou como é que ia falar com quem quer que fosse? 
Contudo, enquanto desesperava por ter ficado sem telemóvel, a nossa protagonista é subitamente presenteada com um momento de sorte. Ao olhar para o lado, ela repara que está um telemóvel no caixote do lixo e se está no lixo, é porque ninguém o quer. Assim sendo, ela fica com ele, dando logo o novo número ao recepcionista do hotel, para caso o anel seja encontrado, ele a possa contactar. 
Mas a Poppy não ganhou só um telemóvel novo. Com ele, surgem também novas pessoas na sua vida, pois esse telemóvel pertencia à assistente de um empresário, Sam Roxton, que estava também naquele hotel, numa conferência. A assistente foi embora, atrás de um outro emprego, mas os e-mails e as mensagens continuaram a ir parar àquele telemóvel. A Poppy sente que lhe estão a fazer um favor, ao poder usar aquele telemóvel, então sente-se na obrigação de reencaminhar todas as mensagens ao Sam. E é a partir daí que se vai desenvolver a história. 

Quanto à minha opinião, este foi de facto um livro fácil e rápido de ler e eu gostei dele, apesar de ter tido alguns problemas. Inicialmente, não gostei muito da imagem que estava a ser criada da Poppy, como uma rapariga superficial e pouco inteligente, que faz tudo para agradar ao seu noivo. Entretanto fui deixando isso de lado, para tentar aproveitar a história. Contudo, devo dizer que a meio do livro, eu já sabia como é que a história ia acabar, porque sim, tem alguns clichés. Ainda assim, posso dizer que até gostei, só não acrescentou nada à minha vida. É um bom livro para se adaptar ao cinema e sinto que se existisse um filme, não se ganharia nada ao ler o livro, bastaria ver o filme. Mas pronto, recomendo para quem se quiser distrair um bocadinho.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Filme: Another Earth (2011)


Já há algum tempo que dei por mim a deixar de ver filmes. Comecei a só ver séries, o que não é mau, mas isso acabou por fazer com que me habituasse a estar concentrada em algo durante pouco mais de meia hora, no máximo. Isso acabou por levar a que eu me cansasse muito rapidamente de ver um filme, independentemente de quão bom estivesse a ser. 

Assim sendo, decidi que ia tentar ver pelo menos um ou dois filmes por mês e que depois talvez até viesse aqui comentar se gostei ou não. E é isso que vim aqui fazer hoje. Ontem à noite optei por ver este filme de 2011, Another Earth, do qual nada sabia, mas tinha curiosidade, por se encontrar numa lista juntamente com alguns filmes que já tinha visto e gostado. Muitas vezes, gosto bem mais da experiência de ver um filme ou ler um livro, quando pouco ou nada sei sobre ele, por isso decidi arriscar.

Esta história começa com a descoberta de que existe um outro planeta exactamente igual ao nosso, ao qual eles chamaram Earth 2. Esta descoberta põe toda a gente de olhos postos no céu, incluindo Rhonda, a protagonista deste filme. Um dia, enquanto conduzia, Rhonda deixou-se absorver pela grandeza do céu estrelado acima dela e pela visão desse novo planeta, o que levou a que tivesse um acidente rodoviário, chocando frontalmente com um carro onde seguia uma família. Desse acidente, do qual a nossa protagonista sai culpada, acabando por ser presa, sobrevive apenas uma pessoa, com a qual ela acaba por estabelecer contacto uns anos depois. 

Não vou dizer mais nada, porque não quero dizer coisas a mais, que possam estragar a experiência de ver o filme a alguém. Pensei que fosse gostar menos dele, porque achei que se fosse focar apenas nessa descoberta de um novo planeta. Contudo, penso que conseguiram aprofundar mais a história, ligando essa parte científica, com algumas reflexões sobre a culpa e o perdão, das quais gostei bastante. Outro aspecto a que dou bastante importância e do qual também gostei, foi das imagens e das cores utilizadas. Portanto, posso dizer que gostei do filme e que não me senti aborrecida em momento algum, o que é sempre um bom indicador!