terça-feira, 12 de agosto de 2014

The Perks of Being a Wallflower, o livro e o filme


"I walk around the school hallways and I look at the people. I look at the teachers and wonder why they're here. Not in a mean way. In a cusious way. It's like looking at all the students and wondering who's had their heart broken that day... Or wondering who did the heart breaking and wondering why."

Quem está perto de mim o suficiente, sabe o quão me identifico com o que está ali escrito. Esse é um dos pontos mais positivos desta obra, o facto de quem a lê se poder identificar com ela, o que a poderia levar a cair em mais um clichê, mas, na minha opinião, tal não aconteceu. É mais uma história de adolescentes, mas com as suas particularidades.

Neste livro de Stephen Chbosky, a história é contada através de cartas escritas pelo jovem Charlie, aluno do primeiro ano do ensino secundário, a um amigo anónimo. É uma história que acompanha a transição académica feita pelo personagem, assim como o seu crescimento. Charlie é, de facto, um wallflower, alguém que passa completamente despercebido.

Ao iniciar o novo ano escolar, Charlie sente-se sozinho, especialmente devido ao suicídio do seu único verdadeiro amigo, Michael Dobson. Além dele, Charlie apenas teria estabelecido uma forte relação com a sua tia Helen, que também já tinha morrido.

Entretanto, entram em cena dois personagens, Sam e Patrick, dois alunos mais velhos, com quem Charlie faz amizade, acabando por, inocentemente, se apaixonar por Sam. Com estes dois amigos, surgem mais alguns, que se acabam por tornar no grupo de amigos de Charlie. Com o decorrer do livro, são relatados certos acontecimentos, como as idas a festas, o consumo de drogas, a participação no Rocky Horror Picture Show e a primeira namorada, assim como a forte relação que Charlie estabelece com o seu professor de Inglês, que é quem acaba por lhe ir emprestando vários livros, aos quais este se refere (e ainda bem) nas suas cartas.

"It's like he would take a photograph of Sam, and the photograph would be beautiful. And he would think that the reason the photograph was beautiful was because of how he took it . If I took it, I would know that the only reason it's beautiful is because of Sam."

"I don't know if you've ever felt like that. That you wanted to sleep for a thousand years. Or just not exist. Or just not be aware that you do exist."


Não vou dizer que este livro é uma obra-prima ao nível dos grandes clássicos. Nada disso. É um bom livro, que aborda temas interessantes, com uma boa história e personagens cativantes. Não podendo deixar de mencionar a enorme quantidade de referências a fantásticas músicas e livros, feitas pelo Charlie, nas suas cartas. Gastei muitos marcadores post-it para não me esquecer delas!


 Assim que acabei o livro, fui imediatamente ver o filme e não me desiludi. Isto, apesar de considerar que o livro é um pouco melhor, especialmente na maneira como são construídas as relações entre as personagens, nomeadamente entre o Charlie e Bill, o professor de Inglês.
Contudo, no geral, achei um bom filme, com uma excelente banda sonora (ex: David Bowie, The Smiths, Sonic Youth, New Order) e boas imagens, referindo-me, especialmente, à cena em que o Charlie, a Sam e o Patrick passam pelo túnel, coisa que gostavam de fazer juntos para se sentirem "infinitos".

Enfim, não é um filme digno de um Óscar, mas foi feito um bom trabalho.


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