sábado, 1 de dezembro de 2018

Filmes: Pottervember

Bem, desde que decidi fazer um esforço consciente para ver mais filmes, que tenho visto imensos, então acho que faz sentido ir falando aqui deles. Eu gosto de saber o que as pessoas andam a ver e adoro recomendações, então estejam à vontade! Se tiverem curiosidade em saber o que ando a ver, vou atualizando regularmente a minha Letterboxd. Aqui vou só falar de alguns que se destacaram mais para mim.

Os filmes que revejo mais vezes são, sem dúvida alguma, os do Harry Potter e, por alguma razão, este mês revi três deles. Com o frio lá fora, parece que ainda sabe melhor voltar a Hogwarts... 

A propósito disso, este mês estreou o novo filme com este universo, o Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald. Gostei muito do primeiro e estava muito entusiasmada para ver este.
Acho que, à semelhança de Harry Potter e a Pedra Filosofal, o primeiro filme desta série dos Monstros Fantásticos foi apenas uma introdução. Conhecemos algumas personagens, percebemos que a quantidade de criaturas adoráveis faz jus ao nome do filme e ficamos com água na boca para perceber o que se passa na bigger picture, ou seja, o que é que anda a acontecer no mundo lá fora, com os obscurus, o Grindelwald, aquelas crianças estranhas... Enfim.
Quanto a este segundo filme, embora tenha sentido que se trata de um filme de transição e que o seu final nos deixa surpreendidos por  já estarem a aparecer os créditos, sinto que gostei ainda mais que do primeiro. Neste começamos a desvendar um pouco mais daquilo que se passa no mundo à volta de Newt e a conhecer melhor a relação entre as personagens. É um filme que traz mais referências ao mundo que conhecemos do Harry Potter e começamos a ver ligações (Nagini, és mesmo tu?!). É daqueles filmes que sais da sala com perguntas e a inventar uma série de possíveis teorias que possam explicar tudo o que acabaste de ver, especialmente aquela grande revelação no final. 



Outro filme que vi, assim mais no final do mês, foi o Goodbye Christopher Robin. Às vezes apetece-me alimentar a minha nostalgia, então este mês decidi ver este filme, que já me tinha despertado curiosidade, por se propor a contar a história do criador das histórias do Winnie the Pooh (A. A. Milne) e da relação deste com o seu filho, o "verdadeiro" Christopher Robin.
É um filme especialmente interessante para quem gostava do Winnie the Pooh, mas também para quem gosta de conhecer as pessoas por detrás das suas obras. A. A. Milne, após o trauma da 1ª Guerra Mundial, decide escrever um livro sobre este tema. Encontra paz numa pequena casa no campo, para onde se muda com a esposa e o filho, Christopher. É através das brincadeiras com o filho e das suas aventuras na floresta ao lado de casa, que se inspira para criar as adoráveis personagens que ainda hoje conhecemos. É nestes livros que o Christopher Robin real dá nome à personagem fictícia, o que o obriga assim a ter que lidar com o facto daquilo que o unia ao seu pai, ter passado a ser de todos os que lessem os seus livros.
É uma história que não conhecia, o que tornou o filme ainda mais interessante para mim. Além de conhecermos o backstage desta grande obra infantil, ficamos inevitavelmente a pensar sobre o impacto das nossas ações nos outros. Recomendo muito!



E o último filme que vi este mês, embora não tenha sido um dos meus preferidos, foi o The Hunt, do qual gostei e me apetece dizer algumas coisas. Confesso que, inicialmente, o que me despertou curiosidade foi o ator principal, o Mads Mikkelsen, por ter gostado tanto de o ver na série Hannibal. Entretanto, ao pesquisar sobre ele, percebi que tinha a ver com um suposto abuso sexual de crianças, o que me despertou ainda mais curiosidade.
Não quero dar spoilers, então não vou contar muito. Trata-se de um professor (Mads Mikkelsen) que trabalha num jardim infantil e que a certa altura é alvo de acusações de caráter sexual por parte de uma criança, filha do seu melhor amigo. A partir daqui, acompanhamos este homem enquanto tenta provar que é inocente (e nós sabemos, ou julgamos saber que ele está a dizer a verdade). Percebemos o impacto que uma acusação deste género tem na vida do acusado e de todas as consequências que perduram durante bastante tempo.
Gostei das questões que este filme levantou, do que me fez (e continua a fazer) pensar, dado o tema que trabalha. Ainda assim, penso que algumas partes foram demasiado lentas e frias, com pouca ressonância emocional, dado o que estava a acontecer. Recomendo a quem tiver curiosidade.

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