sábado, 2 de janeiro de 2021

O Velho e o Mar, Ernest Hemingway

Decidi ter o meu primeiro contacto com a escrita de Ernest Hemingway através de "O Velho e o Mar", já que ouvia falar tão bem dele e, na verdade, vinha mesmo a calhar para iniciar o clube de leitura que tenho andado a desenvolver.

Acredito que as opiniões que fui vendo por aí me tenham também elevado muito as expectativas, mas a verdade é que não adorei este livro. Passei a gostar mais depois de terminar, deixar assentar um bocadinho e depois da discussão em grupo, mas até metade do livro senti que tinha que me forçar para o ler. Muitas outras pessoas têm uma opinião diferente, por isso creio que isto se deva ao facto de não adorar a escrita tão seca e objetiva do Hemingway. O que também pode agradar a outros, visto que é um livro que se lê muito facilmente e vai straight to the point.

Sendo um livro tão curto, não faz sentido revelar muito acerca da narrativa. Aqui conhecemos a história deste homem, já com uma idade bastante avançada (embora isso não seja especificado), cujo sustento é a sua profissão de pescador, mas que já não pesca há 85 dias. Percebemos que as condições em que vive são miseráveis, embora ele nunca se queixe e tente esconder tudo isto (sem sucesso) do rapaz que é seu amigo e com quem costumava pescar. Apesar de não conseguir tirar nenhum peixe há tanto tempo, o velho não desiste e continua a sair para o mar, onde enfrenta uma batalha que quase lhe tira a vida.

É uma história sobre resiliência e sobre uma luta incessante pelo que se quer, apesar de todas as dificuldades. Para mim foi também sobre a forma como nos prendemos a coisas que nos vão desgastando e nos vão fazendo perder oportunidades.

Gostei do livro e das reflexões que me trouxe, embora não tenha adorado a escrita do autor. Tenciono ler mais alguma coisa dele, para perceber se realmente não funciona comigo ou se foi só desta vez.

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