sábado, 11 de abril de 2020

The Hound of Baskervilles, Arthur Conan Doyle

Em Fevereiro do ano passado fui a Edimburgo e trouxe comigo dois livros de autores escoceses. Um deles foi "The Hound of Baskervilles", do Sir Arthur Conan Doyle, pai da clássica personagem Sherlock Holmes

Este é o quinto livro desta longa saga de aventuras cheias de mistério e um dos mais recomendados. Contudo, confesso que iniciei a leitura com medo de não gostar assim tanto. Esperava ter uma experiência semelhante à que tive com "O Médico e o Monstro", do também escocês Robert Louis Stevenson, por ambos conterem histórias cujo foco está no mistério e na surpresa em relação aos desfecho da história.

Gostei desse outro livro, como comentei por aqui, mas a certa altura já suspeitava o que se estaria a passar, então acabou por não me surpreender assim tanto. Como são livros antigos, cujo enredo já serviu tantas vezes de inspiração para outros autores que vieram depois, por vezes quando pegamos nestes livros já se torna difícil sermos surpreendidos. Nesse sentido, temia que o mesmo me acontecesse com este primeiro contacto com Sherlock Holmes, mas queria matar a curiosidade.

Livros policiais, de crime e mistério geralmente não são os que mais procuro, mas este superou bem as minhas expectativas. Esses medos que tinha, caíram todos por terra ao longo da leitura. Este é um livro em que o Dr. Watson, ajudante de Sherlock Holmes, tem mais "tempo de antena", pois é ele que vai diretamente de Londres para o local onde tudo acontece, de modo a tentar desvendar o mistério. Contudo, é um livro em que apesar do foco estar na ação, conhecemos bem a personalidade tanto do Sherlock Holmes como do Dr. Watson e eu devo confessar não simpatizei muito com o narcisismo do primeiro, embora lhe tenha achado uma certa graça.

Em termos de enredo, muito resumidamente, teremos neste livro uma morte misteriosa, associada a uma possível maldição que persegue a família Baskerville. As circunstâncias da morte são estranhas e Sherlock Holmes é chamado a tentar desvendar o que realmente aconteceu e a avaliar se é seguro para o herdeiro da família permanecer na casa onde tudo aconteceu. E eu sei que se eu própria lesse esta premissa, possivelmente não me interessaria pelo livro, mas acreditem que a certa altura não vão querer parar de ler, porque não vão descansar até saber como é que a morte aconteceu.

Vários pequenos mistérios vão sendo desvendados e as pequenas suspeitas que vamos tendo ao longo da leitura também vão sendo desconstruídas. Ou pelo menos foi isso que aconteceu comigo, ao ponto de não ter adivinhado o final.

É um livro curto, com capítulos de pouco mais de dez páginas e cada um a terminar de forma a deixar-nos com vontade de querer saber mais. A escrita é muito simples e objetiva, pelo que acho que este é um excelente livro para se ler quando nos apetece algo mais leve.

Sem comentários:

Enviar um comentário