Há anos que tinha a intenção de ler este livro, mas outros foram passando à frente. Finalmente cheguei a ele também e, embora não se tenha tornado num favorito da vida, gostei muito e vou-vos dizer porquê.
"The Book Thief" (ou em português "A Rapariga Que Roubava Livros"), do autor neozelandês Markus Zusak, é mais um livro cuja narrativa se passa na época da 2ª Guerra Mundial. Estão constantemente a ser publicados novos livros com esta temática, mas este acredito que a trata de forma um pouco mais original.
Fazendo uma breve sinopse da história, neste livro temos a Liesel Meminger como protagonista. A Liesel tem nove anos no início do livro e é-nos dada a conhecer aquando de uma viagem que faz com a mãe e o irmão, para serem ambos entregues a uma família adotiva, visto que o pai havia desaparecido (mais tarde ela sabe que o pai era comunista, embora não entenda o que isso significa) e a mãe deixou de ter condições para cuidar deles.
Nesta viagem, o irmão acaba por morrer e a Liesel vê-se frente à morte pela primeira vez. Após o enterro, no qual a Liesel rouba o seu primeiro livro, esta segue para casa da sua nova família, os Hubbermans, onde já existe um filho. A partir daqui, vamos acompanhando o seu crescimento, a frequência da Juventude Hitleriana, as brincadeiras na rua com os amigos, as dificuldades financeiras, a fome e pobreza, juntamente com o aproximar da guerra, a perseguição aos judeus e o medo dos bombardeamentos.
A certa altura, esta família decide abrigar um judeu na cave e a partir daí a Liesel vai vivendo uma vida paralela, ganhando cada vez mais consciência do mundo em que vive. É nesta cave que ela vai passando muito tempo, especialmente a ler. Os livros vão ganhando uma proporção cada vez maior na sua vida, inclusive em algumas das relações que vai desenvolvendo. Vai-se apercebendo do poder das palavras, para o bem e para o mal, chegando até a querer desfazer-se delas.
Embora diga que este livro não virou o meu mundo do avesso, acredito que talvez o tivesse feito se o tivesse lido há uns dez anos talvez. Gostei muito de várias coisas, nomeadamente do facto da história nos ser narrada pela morte, que vai visitando a Liesel algumas vezes. Esta é uma perspetiva muito original e dá uma cor diferente à forma como lemos o livro. Outro aspeto importante para mim foi o ter acompanhado estas personagens ao longo de anos da sua vida e ver o seu desenvolvimento durante esse tempo. Vemos que eles não começam a história da mesma maneira que acabam. Nem nós.
O próprio livro foi escrito de uma forma muito interessante, incluindo informações que o narrador considera relevantes para entendermos a história, como resumos de episódios ou características de certas personagens e informações que os personagens ainda não sabem.
É um livro que, além de nos fazer pensar acerca do mal que o ser humano consegue fazer a outro ser humano, leva-nos também a refletir sobre o impacto das palavras - seja para nos ajudar a distrair do mundo lá fora, seja para conhecermos o mundo e fazermos ouvir a nossa voz. É um história que lida também com a importância de nos colocarmos no lugar do outro, demonstrando-nos o impacto que o afeto pode ter na vida de alguém.
Fazendo uma breve sinopse da história, neste livro temos a Liesel Meminger como protagonista. A Liesel tem nove anos no início do livro e é-nos dada a conhecer aquando de uma viagem que faz com a mãe e o irmão, para serem ambos entregues a uma família adotiva, visto que o pai havia desaparecido (mais tarde ela sabe que o pai era comunista, embora não entenda o que isso significa) e a mãe deixou de ter condições para cuidar deles.
Nesta viagem, o irmão acaba por morrer e a Liesel vê-se frente à morte pela primeira vez. Após o enterro, no qual a Liesel rouba o seu primeiro livro, esta segue para casa da sua nova família, os Hubbermans, onde já existe um filho. A partir daqui, vamos acompanhando o seu crescimento, a frequência da Juventude Hitleriana, as brincadeiras na rua com os amigos, as dificuldades financeiras, a fome e pobreza, juntamente com o aproximar da guerra, a perseguição aos judeus e o medo dos bombardeamentos.
A certa altura, esta família decide abrigar um judeu na cave e a partir daí a Liesel vai vivendo uma vida paralela, ganhando cada vez mais consciência do mundo em que vive. É nesta cave que ela vai passando muito tempo, especialmente a ler. Os livros vão ganhando uma proporção cada vez maior na sua vida, inclusive em algumas das relações que vai desenvolvendo. Vai-se apercebendo do poder das palavras, para o bem e para o mal, chegando até a querer desfazer-se delas.
Embora diga que este livro não virou o meu mundo do avesso, acredito que talvez o tivesse feito se o tivesse lido há uns dez anos talvez. Gostei muito de várias coisas, nomeadamente do facto da história nos ser narrada pela morte, que vai visitando a Liesel algumas vezes. Esta é uma perspetiva muito original e dá uma cor diferente à forma como lemos o livro. Outro aspeto importante para mim foi o ter acompanhado estas personagens ao longo de anos da sua vida e ver o seu desenvolvimento durante esse tempo. Vemos que eles não começam a história da mesma maneira que acabam. Nem nós.
O próprio livro foi escrito de uma forma muito interessante, incluindo informações que o narrador considera relevantes para entendermos a história, como resumos de episódios ou características de certas personagens e informações que os personagens ainda não sabem.
É um livro que, além de nos fazer pensar acerca do mal que o ser humano consegue fazer a outro ser humano, leva-nos também a refletir sobre o impacto das palavras - seja para nos ajudar a distrair do mundo lá fora, seja para conhecermos o mundo e fazermos ouvir a nossa voz. É um história que lida também com a importância de nos colocarmos no lugar do outro, demonstrando-nos o impacto que o afeto pode ter na vida de alguém.