quarta-feira, 8 de maio de 2019

Filmes: Abril


Casablanca (1942)

Este é um clássico que estava na minha lista por ver há imensos anos. A ação decorre durante o período das invasões alemãs, aquando da 2ª Guerra Mundial. Conhecemos a história de um homem americano, o Rick Blaine (Humphrey Bogart), que se refugia em Casablanca (Marrocos), onde abre um bar, por onde passam várias pessoas que procuram a sua ajuda para voarem para Lisboa e daí fugirem para os Estados Unidos. A certa altura, surge neste bar uma mulher do seu passado, a Ilsa Lund (Ingrid Bergman), que vem acompanhada do marido e procura ajuda para ambos fugirem à Alemanha nazi.
Gostei muito do filme e do grande desempenho destes atores, mas a certa altura achei-o um bocadinho lento. Ainda assim, a história é interessante e tem cenas icónicas, algumas delas com diálogos que ficaram para sempre marcados na História do Cinema (ex: "We will always have Paris" ou "Here's looking at you, kid"). Valeu muito a pena, embora não se tenha tornado num dos meus filmes preferidos.




Still Alice (2015)

Já ando para ver este filme desde que saiu, mas fui adiando, talvez por ter uma temática que me é tão sensível. 
Nele conhecemos a Alice Howland (Julianne Moore), professora universitária, com uma vida familiar e profissional confortáveis. No início do filme acompanhamos o seu dia-a-dia, desde as aulas que dá na faculdade, até às suas corridas habituais e jantares com amigos. Até que começamos a perceber com ela, que algo não está bem. A memória começa a pregar-lhe partidas, como se num momento estivesse tudo bem presente, e de repente as palavras, lugares, memórias, se escondessem. Após a realização de alguns exames, aos 50 anos, é diagnosticada com a doença de Alzheimer de início precoce. Daí seguimos a forma como a doença vai evoluindo, qual o seu impacto na vida da Alice, do marido e dos filhos. 
Achei este filme arrebatador e a interpretação por parte da Julianne Moore é irrepreensível. O tema é trabalhado de uma forma respeitadora e delicada. Acho que é um filme difícil de ver, mas ao mesmo tempo é tão importante que seja visto. Hei-de rever, tenho a certeza!



About Time (2013)

Já tinha visto o poster deste filme pela internet e nunca me chamou a atenção, mas recentemente vi uma imagem que juntava no mesmo local em Paris personagens do Midnight in Paris, do Before Sunrise e deste filme. Ora... Tendo em consideração que adoro os outros dois filmes, pareceu-me bem ir ver porque é que este estava junto com eles naquela referência.
Fiz tão bem! Adorei o filme e ainda mais o seu final. Não querendo dizer muito acerca da história, temos como protagonista o Tim Lake (Domhnall Gleeson) que no dia em que faz 21 anos, descobre que os homens da sua família têm a capacidade de viajar no tempo. Eu sei... Soa muito nhé... Mas juro que vale a pena! Esta capacidade é limitada a voltar a momentos já vividos pelo próprio, ou seja, não era possível voltar atrás e matar o Hitler, por exemplo. Neste sentido, Tim vai utilizando este poder conforme lhe faz sentido,  geralmente para modificar pequenos erros ou frases que não devia ter dito. Eventualmente, num blind date, conhece a Mary (Rachel McAdams), por quem se apaixona. A partir daqui, surgem algumas viagens no tempo e as suas consequências, que levam no final a uma conclusão fantástica, que me deixou a pensar e que ficou comigo bem depois do filme ter terminado. Gostei muito e recomendo!



Pára-me de repente o pensamento (2014)

No final do mês, andei com vontade de ver documentários e acabei por escolher este filme português. Já tinha ouvido falar nele há uns tempos, mas nunca mais me tinha lembrado, então quando comecei a ver sabia muito pouco do que se tratava, apenas que tinha a ver com saúde mental. 
Neste documentário realizado pelo português Jorge Pelicano, acompanhamos o dia-a-dia de alguns utentes internados no Centro Hospitalar Conde de Ferreira, uma unidade dedicada à saúde mental, no Porto. Conhecemos algumas pessoas, como passam os seus dias, as relações que estabelecem e as conversas que têm, quase como se estivéssemos ali com eles. A certa altura surge o ator Miguel Borges, que procura inteirar-se da realidade da esquizofrenia para a interpretação de um papel no teatro. A forma como este processo vai decorrendo é fascinante de assistir, principalmente quando surgem as referências a Ângelo de Lima, poeta e pintor, que também ele teve esquizofrenia e cuja obra abre portas a uma melhor compreensão da mente esquizofrénica. Achei um bom documentário, sobre as pessoas que estão lá além da doença. Recomendo especialmente para quem se interessar pelo tema.

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