terça-feira, 7 de outubro de 2014
Resenha: Ratos e Homens, John Steinbeck
Ratos e Homens, publicado em 1937, foi o primeiro contacto que tive com John Steinbeck e é uma das suas obras mais conhecidas.
Neste livro, conhecemos dois homens amigos, George e Lennie, que viajam constantemente em busca de trabalho. George é-nos apresentado como sendo "quem lidera, é aquele que toma as decisões e protege o seu amigo". Já Lennie é descrito como um "gigante simpático, dotado de um físico excepcional, mas mentalmente retardado", uma "criança grande" que confia plenamente no amigo.
Apesar de sonharem com uma vida melhor e de quererem trabalhar, para um dia terem a sua propriedade, sem terem que obedecer a ninguém; nunca conseguem ficar muito tempo no mesmo emprego. Isto, porque Lennie, mesmo sem essa intenção, arranja sempre algum problema.
"E tudo isso será nosso, e ninguém pode pôr-nos fora. E quando não gostarmos de alguém, pode dizer-lhe: «Vá-se embora daqui.» E ele tem que ir, que diabo! E se um amigo chegar, teremos uma cama a mais e dizemos-lhe: «Porque não passa a noite aqui?» E ele fica na nossa casa. Vamos ter um cão perdigueiro e um par de gatos, mas tu tens de cuidar dos gatos, para eles não matarem os coelhinhos."
Estando então determinado a manter este trabalho e a lutar pelo seu sonho, George vai olhando por Lennie, tentando evitar que este, na sua ingenuidade, cometa algum erro que comprometa os seus empregos. Isto porque George conhece a força de Lennie e sabe que, mesmo sem ele querer, pode vir a magoar gravemente alguém.
Obviamente que não vou contar como termina a história, mas digo já que o final do livro é bastante intenso e que corresponde a uma demonstração do que é a verdadeira amizade.
É um livro curto, com menos de cem páginas, mas muito bom. Adorei a ideia de continuar a sonhar com o que queremos, até porque, na minha opinião, se não for assim, nunca vamos lutar por isso mesmo. Além disso, é uma história que conta a bela amizade e lealdade entre estes dois amigos que acabam por se complementar um ao outro. Ah... e aquele final!
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